Cloretos
4.5.1. Introdução
Cloreto, na forma iônica de Cl- , é um dos íons mais comuns em águas naturais, esgotos domésticos e em despejos industriais. Mesmo em concentrações elevadas os cloretos não são prejudiciais à saúde humana, porém, conferem sabor salgado a água; contudo, tal propriedade organoléptica não depende exclusivamente da concentração de cloretos, sendo função da composição química global da água. Assim, águas com até 250mg/L de cloretos tem sabor salgado, enquanto que outras contendo até 1000mg/L e muito cálcio e magnésio (alta dureza) não apresentam esse gosto. Águas contendo muito cloretos oferecem prejuízo às canalizações e não são recomendadas para o uso agrícola.
4.5.2. Método de determinação – argentométrico
Princípio do método: uma solução neutra ou levemente alcalina de cromato de potássio (K2CrO4) pode ser usado com indicador do ponto final de uma titulação de Nitrato de prata (AgNO3) contra uma amostra contendo Cloretos.
A reação entre o AgNO3 e o K2CrO4 resulta num precipitado de cor vermelho – tijolo, devido a formação do Ag2CrO4 (cromato de prata), e a reação entre o AgNO3 e o íon Cl- resulta num precipitado branco, devido a formação do AgCl (cloreto de prata); porém, o produto de solubilidade do cloreto de prata é maior que a do cromato de prata, logo, esse irá ter preferência na reação, de tal forma que apenas quando todos íons cloretos tiverem reagidos e sido “retirados” da solução por meio de precipitação, é que, a menor quantidade de Nitrato de prata promoverá o aparecimento do precipitado do cromato de prata, indicando o ponto final da reação.
4.5.3. Equipamentos e vidrarias
• Bureta ;
• Pipeta volumétrica;
• Erlenmeyer de 250mL;
4.5.4. Reagentes
• Solução padrão de Cloreto de Sódio (NaCl) 0,0141N
Secar em estufa a 140o C por 2h aproximadamente 1g de NaCl , aguardar esfriar em dessecador; em seguida, pesar 0,824g e transferir para um balão volumétrico de 1L, adicionar água e promover a dissolução do sal;