clonagem
ISSN 1808-5733
Clonagem: questões onto-éticas!
Prof. Dr. Paulo Faitanin/ Dept. Filosofia -UFF
1. Clonagem: O termo clone - que provém da palavra grega klon e que significa broto vegetal - foi utilizado em
1903 pelo botânico Herbert J. Webber. Clone é basicamente um conjunto de células, moléculas ou organismos descendentes de uma célula e que são geneticamente idênticas a célula original. Da palavra clone deu-se origem a palavra clonagem que designa o processo
Clonagem
de reprodução assexuada do clone original, onde são obtidos indivíduos geneticamente iguais (microorganismo, vegetal ou animal) a partir de uma célula-mãe. É um mecanismo comum de propagação de espécies de plantas, bactérias e protozoários. Podemos definir a clonagem como um método científico artificial de reprodução que utiliza células somáticas (aquelas que formam órgãos, pele e ossos) no lugar do óvulo e do espermatozóide. A primeira experiência com clonagem de animais ocorreu no ano de 1996, na Escócia, no Instituto de Embriologia Roslin. O embriologista responsável foi o doutor Ian Wilmut. Ele conseguiu clonar uma ovelha, batizada de Dolly. Após esta experiência, vários animais foram clonados, como por exemplo, bois, cavalos, ratos e porcos. Em humanos, os clones naturais são gêmeos univitelinos, seres que compartilham do mesmo DNA, ou seja, do mesmo material genético originado pela divisão do óvulo fertilizado. 2. Clonagem humana: Panayiotis Zavos, ex-professor da Universidade de
Kentucky e Severino Antinori, pesquisador italiano, anunciaram, em janeiro de
2001, o objetivo de clonar um ser humano, segundo a mesma técnica utilizada para criar a ovelha Dolly: transferência nuclear da célula somática. Como se dá isso? A transferência nuclear da célula somática tem início quando o médico tira o óvulo de uma doadora e remove o núcleo do óvulo. Fazendo isso, ele cria um óvulo desprovido de núcleo. Uma célula contendo DNA é então