climatologia
GÊNESE, PARADIGMAS E APLICAÇÕES DO CLIMA COMO FENÔMENO
GEOGRÁFICO
João Lima Sant’Anna Neto
UNESP/Presidente Prudente. joaolima@fct.unesp.br Resumo
Abstract
Palavras-chave:
Key Words:
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Desde os anos finais da década de 1960 e início dos anos 1980, o estudo dos fenômenos climáticos passou a se constituir como grande área de interesse de pesquisa, tanto pela sua natureza complexa e dinâmica, quanto pela abordagem geográfica e humanística que Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro, empreendia a tal tema.
Desde então, quase 30 anos se passaram, e neste campo disciplinar da Geografia, elaboramos os primeiros estudos monográficos, a dissertação de mestrado, a tese de doutorado e de Livre Docência, sempre buscando uma perspectiva teórica e aplicações compatíveis com os métodos da Geografia.
Quando, em 1989, passei a integrar o corpo docente do Departamento de Geografia da UNESP campus de Presidente Prudente, propus a linha de pesquisa “Dinâmica Climática e Organização do Espaço”, através da qual, convergiriam todas as pesquisas vinculadas ao Laboratório de Climatologia.
Alguns anos mais tarde com o amadurecimento intelectual e pela necessidade de aprofundar a discussão geográfica do clima, propus a linha de pesquisa “Clima e Gestão do Território”, fruto de um processo de estudo, em que as leituras de Milton Santos, David Harvey, Paul Claval, Horácio Capel, A. Guidens, E.
Soja, Neil Smith, Michel Foucault e a releitura das obras clássicas de Max Sorre, Richard Hartshorne,
Emmanuel De Martonne, Henry Lefebvre entre outros, culminaram com uma insatisfação teórica com relação às práticas até então concebidas.
A utilização do ritmo como paradigma da análise geográfica do clima, no qual apoiamos nossas investigações, proposto por Monteiro (1971, 1976, 1989), a partir das concepções de Sorre (1951) e de
Revista da ANPEGE. v. 4, 2008
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Pédélaborde (1959), não mais nos