Claude L Vi Strauss
Claude Lévi-Strauss foi um dos intelectuais mais relevantes do século XX. Destacado antropólogo, ele é considerado o pai do enfoque estruturalista, que influiu de maneira decisiva na filosofia, na sociologia, na história e na teoria literária. Poucos pensadores foram tão longe quanto Lévi-Strauss na exploração dos mecanismos ocultos da cultura.
Considerado um precursor da ecologia, Lévi-Strauss escrevia de forma admirável sobre o funcionamento da sociedade. Autor de “Tristes Trópicos”, considerada um das mais importantes livros de não-ficção do século passado, ele viveu no Brasil nos anos 1930, e atuou como professor visitante na Universidade de São Paulo (USP). Na obra, ele narra seu encontro com índios no Mato Grosso e na Amazônia, fruto de expedições realizadas enquanto viveu no país.
2. Na Amazônia
Sua nova vocação o levou a aceitar um posto como professor visitante na Universidade São Paulo (USP), de 1935 a 1939, estadia que lhe possibilitou realizar trabalhos de campo no Mato Grosso e na Amazônia.
Ali teve estadias esporádicas entre os índios bororós, nambikwaras e tupis-kawahib, experiências que o orientaram definitivamente como profissional de antropologia, campo no qual seu trabalho ainda hoje "continua sendo válido para a maioria dos antropólogos", declarou Díaz Maderuelo sobre o autor de "O Pensamento Selvagem".
Após retornar à França, em 1942, mudou-se para os Estados Unidos como professor visitante na New School for Social Research, de Nova York, antes de uma breve passagem pela embaixada francesa em Washington como adido cultural.
Novamente em Paris, foi nomeado diretor associado do Museu do Homem e se tornou depois diretor de estudos na École Pratique des Hautes Études, entre 1950 e 1974, trabalho que combinou com seu ensino de antropologia social no Collège de France, até sua aposentadoria em 1982, quando dirigia o Laboratório de Antropologia Social.
Discípulo intelectual de Émile Durkheim e de Marcel Mauss, além de