Ciências do Mar
O primeiro ponto a ser discutido foi o fato da poluição da água resultar na degradação das macroalgas, trazendo consigo a falta de biodiversidade das mesmas. Como observamos, no local onde há dominância da espécie Ulva no interior do canal. Espécies de Ulva são encontradas em quase todos os continentes e têm se tornado cada vez mais comum em costões rochosos devido aos processos de eutrofização de origem antrópica (Mackenzie Jr.,2000). São algas efêmeras (Fujita, 1985) e com pequena capacidade de defesa contra os herbívoros (Lobban & Harrison, 1994) sendo, por isso, mais abundantes em áreas com altas concentrações de compostos nitrogenados, e menor hidrodinamismo . Por isso , os exemplares dessa espécie foram localizados na parte interior do canal onde há maior contato com a agua proveniente do canal, que contem muita matéria nitrogenada devido a instalações de esgoto clandestinas. Fujita (1985) e Mackenzie Jr. (2000) destacam que a maior quantidade de Ulva spp. nos costões está diretamente relacionada ao enriquecimento orgânico por compostos nitrogenados de origem antrópica.
Nas zonações, as competições são mais intensas em níveis inferiores, ou seja, nas regiões entre marés, enquanto as regiões mais altas do litoral superior são ocupadas pelas formas mais tolerantes, que estão adaptadas a crescer em qualquer nível e também não dependem de nenhuma outra espécie. Espaços vazios também foram encontrados, o que indica a não competitividade por aquele local.
Além de um elo entre os principais organismos produtores do costão (macroalgas) e a cadeia trófica costeira, a macrofauna associada a algas é um importante elemento estruturador da paisagem subaquática desses locais, na medida em que muitos organismos utilizam as algas como recurso alimentar (Duffy & Hay 2000). Nessa classe notamos que a Alga Bostrychia tem pouca tolerância a poluentes, por isso sua disposição se dá na parte de fora do canal.
Mexilhões fixados na parte superior do