Ciência

Empresa transforma lixo em jardim

Uma plantação de azaléias, pinheiros e muitos animais. A imagem, que mais parecer ter sido tirada de um jardim ou de uma reserva ambienta, faz parte do cenário de um aterro de resíduos industriais da "Boa Hora Central de Tratamento de Resíduos." Criada em 1991, a empresa com 110 funcionários, é especializada em análise de resíduos industriais no transporte e no armazenamento desses produtos. "Nosso trabalho é sempre acompanhados pelos técnicos da Cetesb" ,faz questão de dizer o diretor presidente da Boa hora, Manoel Peralta. Ele atende a 150 clientes, entre eles a General Motors, Cofap, Volkswagen e Toyota. O custo de uma remoção, segundo ele, varia de acordo com o resíduo, de 40,00 a 150,00 reais a tonelada, ao passo que a coleta de lixo hospitalar sai bem mais cara. A Boa Hora esta instalada numa área de 210 mil metros quadrados em Mauá (SP), onde manipula de 6 a 7 mil toneladas/mês de resíduos classes 2 (areias de fundição, lodo de estação de tratamento, sucatas de plástico etc. )e classe 3 ( entulhos, refratários, vidros, certos tipos de plástico e borrachas). A central possui ainda um moderno incinerador que permite a queima de 500 quilos/hora de resíduos hospitalares. Como a maior parte do resíduos recebidos é composta pela areia de fundição, que tem em sua composição metis pesados como chumbo, cromo e zinco, a Central possui um laboratório para analisar as amostras do material que é coletada por técnicos na entrada do aterro. Manoel Peralta explica que " esse controle permite que o cliente seja informado imediatamente quando houver alteração na composição do lixo enviado ao aterro". O empresário diz que, para preservar a água do depósito e da redondeza, perfurou poços que são monitorados diariamente.

(revista Banas Ambiental, Out 1999, pág