Ciência, tecnologia e valores
“O louco diz: “Eu sou Abraham Lincoln”, O neurótico diz: “Gostaria de ser Abraham Lincoln”,
E a pessoa normal diz: “Eu sou eu, e você é você.” FREDERICK PERLS apud JAMES E JONGEWARD, p. 30, 1986.
Uma das condições para o estabelecimento de bons relacionamentos é aceitar que pessoas são diferentes e respeitar as diferenças individuais próprias de cada uma delas. O primeiro passo nessa direção é o processo de autoconhecimento. Nesse sentido é preciso adotar uma atitude introspectiva, caracterizada por uma investigação voluntária de si mesmo, no sentido da descoberta e da visualização do que se é, como se é e porque se é de determinada maneira. Quanto melhor a pessoa tiver conhecimento de si e nesse processo, quanto melhor for sua aceitação, melhor será sua capacidade de aceitar o outro tal como é. Isso significa tentar entender a diferença individual de cada um em relação aos demais. À medida que as pessoas voluntária e intencionalmente buscam esse aprofundamento, e aprendem a conviver mais pacificamente com a realidade mais íntima de si mesmas, aumenta a probabilidade de maior disponibilidade, compreensão e aceitação para com os outros e isso supõe a possibilidade de um melhor entendimento entre as pessoas.
Mas porque as pessoas são diferentes?
“A mãe vai modelando imaginariamente um sujeito. O nome próprio atribuído ao sujeito condensará em si a soma dos atributos: ele passa a funcionar como uma verdadeira síntese do molde imaginário do sujeito que resulta ser o Eu. O nome próprio cola-se de tal forma ao sujeito que se converte em seu significante por excelência.”
LAJONQUIÈRE, Leandro de. De Piaget a Freud: para repensar as aprendizagens. 4ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995, p.168.
Fundamentalmente, pode-se dizer que as pessoas apresentam diferenças individuais por dois motivos principais: primeiro, por já nasceram diferentes umas das outras devido às características inatas; segundo, por estarem