Bíblia como Fonte Histórica
Quando se estuda textos bíblicos, a língua utilizada é muito antiga, e depende de métodos para ser traduzida para línguas dominadas hoje em dia. Isso não é tarefa fácil muitas vezes, pois podem ocorrer ambiguidades de algumas palavras, o que pode alterar e muito o sentido de frases.
Se já não bastasse essa primeira tradução, muitas vezes os textos são traduções de traduções, o que pode gerar ainda mais mudanças. Portanto, o ideal é que o texto seja sempre traduzido direto da língua original para a língua que vai ser utilizado, sem passar por uma “língua intermediária”.
Outra problemática é quando a ambiguidade ocorre em sufixos, como por exemplo, o sufixo “en”. Em Uruque, significa “grande sacerdote”, já em Ur é a sacerdotisa de Nanna-Sin, Deus da Lua. Ou então “ensi”, que pode significar “governador”, “príncipe” ou “artífice de Deus”.
Anacronismo:
O anacronismo é um grande erro que precisa ser evitado, porque o pensamento de quem escreveu tais textos é completamente diferente do pensamento do historiador atual.
É necessário manter-se alerta ao ler a bíblia como fonte histórica, justamente pelo caráter religioso de pensamento que havia na antiguidade. Mesmo que alguns textos bíblicos tenham sido escritos com intenção de reproduzir história, não há como negar que os homens narram os fatos a partir de suas perspectivas e, se tal perspectiva for mítica, o fato também estará inserido nesse universo religioso.
Juízo de valor:
Um dos grandes problemas enfrentados pelos historiadores é a tentativa de sempre fazer história independente de suas crenças, não introduzindo em suas pesquisas, portanto, juízos de valor.
Ao utilizar a Bíblia como fonte Histórica o cuidado de não interferir com sua, no caso, fé, precisa ser redobrado. Se o Historiador que está usando a Bíblia como fonte Histórica acreditar, por exemplo, na crença do Cristianismo, pode interpretar