Arqueologia da biblia
[pic]
Cientistas mostram o que é real e o que é fantasia nas narrativas do Velho e do Novo Testamento
[pic]
Fernanda Colavitti
Qual a fronteira entre ficção e história real em algumas das mais famosas narrativas bíblicas, como a dos patriarcas que deram origem ao povo israelita, a saga do êxodo, que culmina na conquista da terra prometida, os inúmeros milagres e eventos extraordinários relatados no Novo e no Velho Testamento e a própria história de Jesus Cristo?
Um cético convicto responderia que essas narrativas não passam de uma colagem de mitos e lendas sem nenhum valor histórico. Os mais religiosos alegariam que se trata de uma história completamente verídica e inspirada diretamente por Deus.
Para responder à mesma questão, GALILEU ouviu arqueólogos, historiadores, teólogos e consultou as pesquisas mais recentes nessa área. A conclusão pode ser sintetizada na frase do arqueólogo Francisco Marshall, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. "Como a Bíblia trata da memória cultural do povo de Israel, é sempre possível traçar correspondências entre o texto bíblico e a arqueologia, mas essas correspondências jamais são exatamente nos termos da Bíblia." É o que pode ser verificado a seguir.
2)A Era dos Patriarcas
[pic]
Fernanda Colavitti
Não há nenhum indício arqueológico que indique a existência de Abraão, Isaac e Jacó
| |
| |
| |
Conta a Bíblia que a formação do povo de Israel tem início quando Deus aparece a Abrão (que depois terá seu nome mudado para Abraão) e lhe ordena que deixe sua terra e parta para outra, que lhe será posteriormente indicada (Canaã). Em troca, ele tem a promessa de formar uma grande nação, que irá ganhar todas as terras, do rio Nilo ao Eufrates. Abraão obedece e é assim que, segundo o livro do Gênesis, sua família dá origem a todas as nações da região.
Mas será que existe alguma evidência arqueológica de que essa narrativa e a própria existência dos patriarcas tenham fundamento