Ciência, religião, psicologia: conhecimento e comportamento,

385 palavras 2 páginas
RESENHA CRÍTICA
A questão é recorrente. Deus existe? Deus não existe?
Há quem afirme, categoricamente, que os cientistas negam a existência de Deus enquanto que os religiosos nela acreditam.
Muito se tem escrito e falado a respeito e por muito tempo ciência e religião foram encarados como áreas conflitantes. Hoje, o cenário se apresenta menos dramático e mais amistoso, provavelmente, em face de estudos realizados como pesquisa, não tanto quanto a existência ou inexistência de Deus, mas sobre o comportamento humano ao qual também os cientistas estão sujeitos.
De grande contribuição para este novo quadro temos o advento da Psicologia da Religião que, numa abordagem científica no campo da psicologia, investiga, descreve e interpreta o comportamento religioso do indivíduo.
A análise de questionários aplicados sobre a crença dos cientistas num Deus pessoal e na imortalidade pessoal, ao longo do século passado (1916 a 1998), apresenta resultado interessante.
Quem fala sobre isto é Geraldo José de Paiva Livre-Docente e professor associado do Instituto de Psicologia da USP, num artigo entitulado Ciência, Religião, Psicologia: Conhecimento e Comportamento, divulgado na Revista “Psicologia: Reflexão e Crítica”, (2002). O artigo aborda este tema e realça a contribuição de estudiosos como James Leuba, Ian Barbour, John Haught e Philip Hefner como cientistas que propõem a superação do confronto e da indiferença pelo diálogo e pela integração. Faz referência ao que ocorre, entre cientistas e teólogos, sobre um interesse acadêmico na busca de articular as abrangências do sentido da religião e as de causalidade da ciência, para uma interface a ser denominada “busca de sentido”.
Paiva apresenta, ainda, uma visão sobre o assunto, a partir da pesquisa que realizou na Universidade de São Paulo com docentes pesquisadores sobre as razões de aceitação ou rejeição da religião. Seria de natureza epistemológica? Seria um conflito científico ou um conflito humano? Tem a psicologia

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