Ciência política
A separação entre a ciência e a filosofia se deu a partir da Idade Moderna, quando se estabeleceram os contrastes entre a metafísica (escolástica, espiritualista) e o naturalismo (filosofia kantista).
O conceito de ciência abrange uma gama de especificidades, diferenciadas para cada estudioso. Segundo Aristóteles, a ciência tinha por objeto os princípios e as causas. Wolff declarou que por ciência, cumpre entender “o hábito de demonstrar assertos, isto é, de inferi-los, por consequência legítima, de princípios certos e imutáveis”. No entanto, para Kant, ciência é tudo o que possa ser objeto de ciência apodítica. E nos Elementos Metafísicos das Ciências da Natureza, diz que por ciência se há de tomar toda série de conhecimentos sistematizados ou coordenados mediante princípios.
Após inúmeras idéias, certo consenso se corrobora. Este afirma que a ciência é conhecimento das relações entre coisas, fatos ou fenômenos, quando ocorre identidade ou semelhança, diferença ou contraste, coexistência ou sucessão. Tendo-se como escopo o princípio da unidade, inquirindo seus “como” e “por que”. Esse conceito prestigiou os ideias idealistas.
Para Spencer, o conhecimento pode ser organizado sobre três aspectos:
- Conhecimento vulgar ou empírico: o que é de conhecimento do “povo”, seus costumes, não sendo unificado;
- Conhecimento científico: pesquisa sobre dados científicos. parcialmente unificado;
- Conhecimento filosófico: a busca pelo saber, totalmente unificado.
A inspirações positivista, evolucionista e pragmática do século XIX, aponta como classificação inabalável quatro ciências fundamentais: a Físico-Química; a Biologia; a Psicologia e a Sociologia.
Ao lado da classificação de Comte- Pai do Positivismo- concorre a classificação dos filósofos neokantistas, da escola de Baden. Segundo ele, as ciências são abstratas e concretas. As abstratas, na explicação de Stuart Mill, são aquelas “que se ocupam das leis que governam os fatos elementares da