Civilizado e primitivo, mágico e racional: um simplório trabalho antropológico sobre os evolucionistas
Antes de dissertar sobre a relação entre os dois, é preciso conceituar cada um deles. Segundo o antropólogo Dr. Phillips Steven Jr., o pensamento mágico baseia-se na conexão do mundo através de forças e energias que transcendem o físico e o espiritual e na crença das mesmas. Ainda sobre o conceito, James Frazer completa:“Se analisarmos os princípios lógicos nos quais se baseia a magia, provavelmente concluiremos que eles se resumem em dois: primeiro, que o semelhante produz o semelhante, ou que um efeito se assemelha à sua causa; e, segundo, que as coisas que estiveram em contato continuam a agir umas sobre as outras, mesmo à distância,depois de cortado o contato físico.” (Ramo de Ouro, p. 83) Enquanto este procura uma explicação mística e transcendental para eventos casuais, o pensamento científico procura explicações práticas e sistemáticas. Baseia-se naquilo que pode ser provado racionalmente, ou seja, sem influências místicas. Não é difícil perceber que um é, por conseguinte, oposto ao outro.
A sociedade ocidental , desde o fim da Idade Média, abandonou seu caráter teológico-cristão e propôs-se a resgatar a racionalidade para suas respostas. Com o contato entre europeu e o árabe, o advento do Renascimento e as Grandes Navegações, a ciência, que antes era digna da santa inquisição, ganha grande prestígio e espaço. Com o passar dos anos, seu grande valor e suas importantes descobertas já eram parte desta sociedade ocidental como um todo e, graças a isso, o