cinética química
As formulações de cosméticos são complexas e utilizam muitas matérias-primas diferentes, porque cada cosmético deve apresentar várias propriedades simultaneamente ajustadas para as aplicações desejadas. Existem muitos critérios para seleção de uma matéria-prima: disponibilidade, logística de entrega e de distribuição, vida útil, possibilidade de estocagem, versatilidade da embalagem em que é fornecida, possibilidade de substituição por outra matéria-prima, condições do processamento industrial, toxicidade, riscos ambientais. Atualmente, o mercado dá importância à origem das matérias-primas, ou seja, se provêm de fontes naturais (orgânicas) ou sintéticas renováveis ou se são produzidas sob princípios sociais e ambientais de sustentabilidade. A escolha das matérias-primas é crucial, porque essas representam aproximadamente 65% do custo direto de produção de um cosmético.
As matérias-primas usadas em cosméticos normalmente são inócuas para a saúde, com raras exceções, logo suas quantidades deverão ser estritamente controladas. O uso industrial de substâncias químicas está sujeito a normas de órgãos reguladores; no Brasil os cosméticos precisam ser registrados na ANVISA. Nos Estados Unidos, o controlador é o FDA (Food and Drug Administration), órgão governamental cujas normas são frequentemente adotadas em outros países. Essas normas são baseadas em estudos de cada substância com respeito a sua toxicidade para o homem, animais e meio ambiente, a curto e longo prazo, determinando quais são as substâncias inócuas e definindo limites para sua utilização na produção de alimentos, farmacêuticos ou cosméticos.
As matérias-primas são classificadas como excipientes ou princípios ativos. Excipiente é todo aquele ingrediente inerte adicionado a uma formulação que lhe confere consistência (ou corpo, termo muito usado na indústria) para que a formulação possa ser aplicada, manipulada e embalada apropriadamente. Os excipientes são essenciais na