Cinema
Política dos Autores e pelo surgimento da Nouvelle Vague. Esse debate seria incrementado, no início da década seguinte pelo, a princípio, chamado Cinema-verdade, mais tarde também conhecido como Cinema Direto. Ponto de irrupção desse novo debate foi o lançamento em Paris, em 20 de outubro de 196165, de Crônica de um Verão realizado em parceria por Jean Rouch e Edgar Morin.”
É dessa forma Daniela Duarte Dumaresq inicia sua exposição sobre o cinema direto e o cinema verdade. É possível perceber que ela utiliza dos dois nomes para se referir ao mesmo movimento em épocas/locais diferentes.
Os filmes e os realizadores do Cinema-verdade e do Cinema Direto dividem uma época, um espírito e partilham métodos, técnicas e discussões éticas e estéticas. Os realizadores disputaram e tentaram marcar diferenças entre seus trabalhos. Mas a questão permanece insolúvel: seriam estes dois movimentos distintos? Quando tentamos separá-los, percebemos mais facilmente os pontos de união. Ao contrário, quando tentamos reuni-los sob um mesmo guarda-chuva, saltam aos olhos as diferenças. E talvez por isso a controvérsia envolvendo os nomes, métodos de trabalho e conceitos relacionados aos filmes perdurem até hoje, como pudemos observar no festival É Tudo Verdade dedicado a eles. E se não é possível fazer uma distinção definitiva e assertiva entre os dois movimentos, também não podemos uni-los ignorando as diferenças que existem entre práticas e métodos adotados.
controvérsia entre CINEMA-VERDADE e CINEMA DIRETO inicialmente terminológica cinema-verdade: nome complicado - qual verdade, verdade de quem, cinema de verdade?
(usado inicialmente em artigos de edgard morin e deposi para lançar "crônicas de um verão")
- Rouch estaria reintegrando o homem ao cinema - cineasta escafandrista, que fica imerso no mundo real apenas com uma 16mm e um gravador.O cineasta agora se integra na comunidade como pessoa