Cinema Alemão na 2ª Guerra Mundial
Na Alemanha, o partido nazi preocupava-se em analisar e censurar previamente guiões e projetos de filmes, controlando também a sua importação.
Por isso, os líderes nazis concentravam-se na elaboração de filmes que conseguissem passar aos espectadores uma imagem positiva do partido, numa altura em que o seu poder não estava ainda consolidado. Tentavam prepará-los para o despoletar do conflito, divulgando filmagens das operações militares alemãs.
MAS foi com Leni Riefenstahl que nasceu, realmente, o conceito de filme de propaganda na Alemanha. Conciliando o seu desejo de produzir arte com o pedido de Hitler, dirigiu “Triunfo da Vontade”, sobre o sexto congresso Nazi, em 1934. A filmagem persuade a que se julgue a Alemanha quase como que governada por Deuses: Hitler num plano contra o sol, a presença constante de bandeiras, a unidade substituída pela massa. Riefenstahl também inovou com técnicas como o travelling e a captura de ângulos diversos.
Dois anos mais tarde, Leni Riefenstahl captou imagens dos jogos olímpicos de Berlim, filmagens que viriam a tornar-se no filme Olympia. O documentário tentou retratar os alemães como herdeiros justos da raça ariana, e também dar a falsa sensação de cooperação e camaradagem entre os atletas. Sendo que a grande maioria dos atletas eram alemães, foi enaltecida a superioridade do corpo ariano, apesar de serem mostrados atletas não-arianos. Apesar do conteúdo político, a realizadora introduziu técnicas ainda hoje utilizadas e admiradas na filmagem desportiva.
Durante a ditadura, Hitler utilizou o cinema como uma autêntica máquina de propaganda, que naturalmente influenciou as massas. Fãs de cinema, Hitler e o ministro da propaganda, Josef Goebells, anteviram o poder persuasivo que o cinema poderia ter no desenvolvimento da opinião pública, e juntamente com a polémica realizadora Leni Riefenstahl, tentaram cumprir o objectivo de