cimento
2001
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CIMENTO
*Fe rnando Antônio da Costa Roberto
A palavra
CIMENTO
é originada do latim
CAEMENTU,
que designava na velha
Roma, espécie de pedra natural de rochedos e não esquadrejada. A origem do cimento remonta a cerca de 4.500 anos. Os imponentes monumentos do Egito antigo já utilizavam uma liga constituída por uma mistura de gesso calcinado. As grandes obras gregas e romanas, como o Panteão e o Coliseu, foram construídas com o uso de terras de origem vulcânica da ilha grega de Santorino ou da cidade italian a de Pozzuoli, que possuem propriedades de endurecimento sob a ação da água.
O grande passo seguinte no desenvolvimento do cimento foi dado, em 1756, pelo inglês John Smeaton, que consegue um produto de alta resistência por meio de calcinação de calcários moles e argilosos. Em 1818, o francês Vicat obtém resultados semelhantes aos de Smeaton, pela mistura de componentes argilosos e calcários. Ele é considerado o inventor do cimento artificial.
Em 1824, o construtor inglês Joseph Aspdin queimou juntamente pe dras calcárias e argila, transformando
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as num pó fino. Percebeu que obtinha uma mistura que, após secar, tornava - se tão dura quanto as pedras empregadas nas construções. A mistura não se dissolvia em água e foi patenteada pelo construtor no mesmo ano, com o nome de cimento portland
, que recebe esse nome por apresentar cor e propriedades de durabilidade e solidez semelhantes às rochas da ilha britânica de Portland.
No Brasil, a primeira tentativa de fabricação do cimento portland aconteceu em 1888, quando o comendador Antônio Proost Rodovalho instalou em sua fazenda na cidade de
Santo Antônio, interior de São Paulo, uma pequena indústria. A Usina Rodovalho, operou de 1888 a 1904 e foi extinta definitivamente em 1918.
O cimento é um aglomerante hidráulico resu ltante da mistura de calcário e argila, calcinada em fornos. As matérias primas utilizadas na fabricação de cimento