Cientistas conseguem criar modelo sobre fluxo solar
“Entender este mecanismo nos deixa um passo mais a frente para sermos capazes de predizer eventos ocasionados pelas atividades solares. Nós esperamos ser capazes de monitorar os fluxos de profundidade no interior do sol. Tomando isso como entrada para as simulações que nós esperamos ser capazes de prever mínimos solares e períodos de maior atividade”, disse ao iG Petrus Martens, do departamento de Física da Universidade de Montana e um dos autores do estudo.
As manchas solares (explosões na superfície do Sol), têm causado preocupação entre os cientistas. O astro tem ciclos a cada 11 anos de menor e maior atividade, que podem de alguma forma atingir a Terra, como causar blecautes, provocar erros em GPS, prejudicar vôos interpolares e queimar satélites.
No estudo publicado na edição desta semana do periódico científico Nature, os pesquisadores reconheceram os motivos que levaram aos longos períodos de ausência das manchas solares, que permeou o sistema solar durante os últimos anos. A explicação está na variação do fluxo de plasma – massa de partículas atômicas carregadas, como íons e elétrons - no interior do Sol. As simulações mostraram que a ausência de fluxo rápido ao longo da primeira metade do ciclo de manchas solares, seguido por um fluxo mais lento cria um campo magnético fraco no Sol, o que gera um mínimo solar, ou seja, muitos dias sem a ocorrência de manchas na superfície do sol, uma espécie de calmaria nas explosões solares.
Martens explica que as manchas solares normalmente passam por ciclos de 11 anos. Às vezes, elas são tão abundantes que cobrem 1% da superfície do sol. Às vezes,