ciencias

a) Quanto se compra e se vende.

A busca pela beleza perfeita, ainda que ninguém saiba definir, exatamente, o que isso seja além do crescimento da economia está alavancando o surgimento de salões pelo Brasil, a ponto do número praticamente dobrar entre 2005 e 2010. A matéria apresentada pelo programa dominical da Rede Globo traz o resultado de uma pesquisa da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens e Serviço), que mostra aonde chegou a obsessão com a beleza: “A vaidade do brasileiro é tanta que ele gasta R$ 1 bilhão com salão de beleza, que é o mesmo tanto com um bem básico que é o frango”, na análise do economista Guilherme Diteze.
Algumas mulheres consultadas pelo programa não se intimidaram em admitir que o gasto com salão de beleza, em sete anos, já proporcionaria a compra de um carro zero. E outras que sequer falaram em valores “para não assustar o marido”. Uma das entrevistadas admite que a família chega a gastar em média R$ 700,00. Por semana.
Além dos números incríveis e, porque não dizer, assustadores, chama a atenção algumas entrevistadas confessarem que precisam estar “perfeitas”, por isso gastam tanto. E a constatação de uma dona de salão: “Ninguém compra escova. Compra alegria, auto-estima”. Perfeição, alegria, auto-estima. Será que isso, realmente, se consegue indo num salão de beleza, gastando tanto dinheiro assim?
Não que seja condenado cuidar do corpo. Pelo contrário. No capítulo 17 de O evangelho segundo o espiritismo, encontramos entre as instruções dos espíritos da codificação um texto intitulado “Cuidar do corpo e do espírito”, onde o autor do texto, Jorge, questiona: “Sereis, porventura, mais perfeitos se, martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e mais caritativos para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está nisso: está toda nas reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito”. E faz uma importante ressalva: “Amai, pois, a vossa alma, porém, cuidai igualmente do vosso corpo,