Ciencias sociais
Profª Ms. Teresa Cristina Sequeira Mariano
COERÊNCIA
Observe o texto que segue:
Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de São Paulo. Ele era tão fraquinho que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade, perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes. Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou-o até a calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou-lhe a vida.
Esse texto, uma redação escolar, apresenta uma incoerência: se o menino era tão fraco que quase não podia carregar a cesta de amendoins, como conseguiu carregar um homem corpulento até o carro?
Quando se fala em redação, sempre se aponta a coerência das idéias como uma qualidade indispensável para qualquer tipo de texto. Mas nem todos explicitam de maneira clara em que consiste essa coerência, sobre a qual tanto se insiste, e como se pode consegui-la.
Coerência deve ser entendida como unidade de texto. Um texto coerente é um conjunto harmônico, em que todas as partes se encaixam de maneira complementar, de modo que não haja nada destoante, nada ilógico, nada contraditório, nada desconexo. No texto coerente, não há nenhuma parte que não se solidarize com as demais.
Todos os elementos do texto devem ser coerentes. Vamos mostrar apenas três dos níveis em que a coerência deve ser observada:
1) coerência narrativa;
2) coerência figurativa;
3) coerência argumentativa.
Vamos partir de exemplos de incoerências, mais simples de perceber, para mostrar o que é coerência.
1) Coerência narrativa
É incoerente narrar uma história em que alguém está descendo uma ladeira num carro sem freios, que para imediatamente, depois de ser brecado, quando uma criança lhe corta a frente.
A título de exemplo, vamos citar