Ciencia
INDÚSTRIA BRASILEIRA DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS
Fabiana Perez1, Fábio G. Melchiades2 e Anselmo O. Boschi2
(1)Gruppo Minerali do Brasil
(2) Universidade Federal de São Carlos - Departamento de Engenharia de Materiais
Laboratório de Revestimentos Cerâmicos (LaRC) - São Carlos – SP e-mail: daob@power.ufscar.br
RESUMO
O artigo analisa criticamente o enfoque adotado por uma determinada parcela dos fabricantes de revestimentos cerâmicos em questões relacionadas a qualidade e a produtividade. São abordados alguns aspectos de caráter produtivo encontrados no cotidiano de empresas deste setor e procura-se enfatizar algumas das conseqüências da sistemática vigente. Os dados apresentados apontam para consideráveis perdas de produtividade, cuja responsabilidade maior advém do planejamento e das metas estabelecidas pela alta administração. Com as dificuldades encontradas atualmente pelos fabricantes para garantir sua participação de mercado, torna-se cada vez mais necessária a implantação de sistemas de gerenciamento de rotina capazes de evitar as perdas de produtividade e aumentar a competitividade das empresas do setor.
Palavras-chaves: qualidade, produtividade, revestimentos cerâmicos.
Introdução
A indústria brasileira de revestimentos cerâmicos apresentou índices de crescimento espetaculares nas últimas décadas e em 2008 o Brasil se tornou o segundo maior produtor e consumidor mundial, depois da China (1). Esse desempenho extraordinário atraiu as atenções de todos os profissionais da área e fez com que esse setor se tornasse rapidamente a grande estrela da nossa indústria cerâmica. Os números são contundentes e não deixam dúvidas sobre a vitalidade dessa indústria, entretanto, mesmo em vista de todo esse sucesso, vale a pena perguntar se o desempenho poderíamos ter apresentado um desempenho ainda melhor e, se for o caso, procurarmos adotar rapidamente as mudanças necessárias para assegurar nosso sucesso no futuro. O