Filme Millennium
Os Homens que não Amavam as Mulheres é uma adaptação do primeiro volume da trilogia Millennium, e por ser escrito pelo jornalista sueco Stieg Larsson, o filme pode ser considerado uma aula sobre o jornalismo investigativo, e até onde podemos ir para conseguir uma boa notícia sem ultrapassar a lei.
Logo no começo da história, nos é apresentado uma situação no qual Mikael Blomkvist está sendo acusado de blasfêmia por um grande e bem sucedido empresário, Hans-Erik Wennerström, que diz estar sendo injustamente acusado de fraude e tráfego de armas ilegais. Embora tenha provas, por não ser muito conclusivas, e o empresário ser alguém importante ele consegue reverter à situação criada por Mikael ao expor sua opinião na revista Millennium.
Segundo Walter Lippmann, a opinião pública varia de acordo com que a notícia é relatada e se estamos preparados para interpretar, sem ser de uma maneira comum, aquilo que está sendo passado para as massas.
“O que frequentemente se imagina ser o relato de um evento é, na realidade, a sua transfiguração. Os fatos que vemos dependem de onde estamos posicionados e dos hábitos de nossos olhos” (LIPPMANN, 2008).
Um exemplo disso no filme é como a população, que até pouco tempo considerava-o um jornalista honesto e direito por sempre trazer notícias de interesse público, que normalmente outros veículos preferem esconder, agora o culpa por está blasfemando contra um empresário que ajuda a população e o governo.
Além disso, podemos apontar que ao não ter o acesso a toda informação, a população não tem como compreender se o que a mídia fala como certo é apenas suposições ou de Mikael é realmente culpado.
Por exemplo, Lisbeth Salander ao investigar sobre a vida desse jornalista, não consegue entender o motivo de ele estar sendo acusado, pois a notícia, embora tenha algumas falhas, mostram fatos importantes e que conseguiriam comprovar o ponto de vista de Mikael, e ao invés