A ciência é, simultaneamente o principio, o meio e o fim. Surge da necessidade resultante da curiosidade. Ao tornar-se um ser curioso sobre o que o rodeia, o ser humano sentiu necessidade de ter uma ferramenta, tão fiável quanto possível, para atingir a compreensão do seu mundo e além. Assim, a ciência é, também, o meio para a compreensão de tudo e por isso o fim também de tudo. Se alguma vez tivermos conhecimento de uma ciência infalível, que tudo sabe e que não erra, será esse o fim, pois aí essa já não será ciência, mas sim algo para o qual ainda não existe palavra que defina. O processo científico nasce da curiosidade e do interesse, que leva o investigador/cientista/ser pensante a formular uma hipótese, a conceber forma de a testar, a levar a cabo o procedimento engendrado, a recolher dados e efetuar observações, para, finalmente, concluir algo. O conhecimento assim adquirido deve ser transmitido aos seus semelhantes de forma a maximizar os benefícios que dele decorram (infelizmente nem sempre assim é). E é deste modo que avançam o conhecimento e a civilização, rumo não se sabe bem onde ou a quê. Mas o conhecimento é algo bom; algo mesmo fundamental. Uma boa educação científica, que torne o cidadão mais conhecedor do que o rodeia e lhe mostre como explicar o que vê, faz com que a pessoa se torne mais consciente da realidade e possa intervir de forma mais responsável no que a ele lhe respeita, permitindo-lhe uma perspetiva mais precisa do que é a vida e porque estamos aqui. Uma boa educação científica é um veículo para uma sociedade melhor, mais sã, cooperativa e empreendedora para o bem comum. Claro que como ferramenta poderosa que é, também pode ser usada para o mal. Mas essa é a eterna batalha entre forças opostas que decorre desde o Big Bang. Na ciência é tudo uma questão de ponto de vista e nem sempre é fácil discernir o que é certo e o que está errado. Mas na ciência é mesmo assim, cheia de imperfeições, sendo precisamente por isso que é ciência e é