Ciencia Politica
A autoridade legítima passou a ser encarada como coisa fundada em pactos voluntários feitos pelos súditos do Estado.
Dessa maneira o consentimento tornouse a base do controle político.
O contratualismo é a primeira grande filosofia política da modernidade que se propõe a explicar a origem e a necessidade do Estado nas sociedades humanas. O contratualismo se fundamenta na tríade estado de natureza – contrato – Estado
(sociedade civil, sociedade política). O ponto de partida é a afirmação de que o homem pode ser concebido a partir de uma condição natural (estado de natureza), em que ele desfruta, enquanto indivíduo, de um poder natural (liberdade e igualdade) absoluto. Essa condição natural é um suposto lógico, não proveniente da observação (vale lembrar que a ciência moderna tem como um dos seus pressupostos a observação). Devido aos inconvenientes do estado natural, esse homem (que não é um animal selvagem, mas um ser racional) pode chegar a conclusão sobre as causas de tais inconvenientes e procurar uma saída, que pode ser através da celebração de um contrato (pacto) do qual participam todos os homens, para criar um outro poder, mais precisamente, um poder civil chamado
Estado.
A história colocou Thomas Hobbes como o pensador no rol dos “malditos” em função de sua concepção em que considera o homem como um ser belicoso por natureza e o Estado como algo monstruoso (poder absoluto). Essa visão preconceituosa impede que se entenda a profundidade das reflexões de Hobbes sobre o homem e o Estado, bastante influenciadas pelo seu tempo,