Ciencia politica
Platão: o Estado perfeito
Franca
2013
Platão: o Estado perfeito
Trabalho apresentado à Faculdade de Direito de Franca, para avaliação na Disciplina de Ciência Política e Direitos Fundamentais.
Prof. Dr. Gualter Hughes Ferreira
Franca
2013
O PAPEL DO ESTADO
Em sua obra, Platão tenta delinear uma cidade ideal. O modelo é um Estado em que o conflito eterno foi abolido e cada cidadão cumpre seu papel. Isso significa instituir um regime rigoroso de treinamento e seleção para produzir um grupo de elite de governantes sábios e incorruptíveis. Segundo Platão, o Estado ideal deveria ser dividido em classes sociais. Três são, pois, estas classes: a dos filósofos, a dos guerreiros, a dos produtores, as quais, no organismo do estado, corresponderiam respectivamente às almas racional, irascível e concupiscível no organismo humano. À classe dos filósofos cabe dirigir a república. Com efeito, contemplam eles o mundo das idéias, conhecem a realidade das coisas, a ordem ideal do mundo e, por conseguinte, a ordem da sociedade humana, e estão, portanto, à altura de orientar racionalmente o homem e a sociedade para o fim verdadeiro. Tal atividade política constitui um dever para o filósofo, não, porém, o fim supremo, pois este fim supremo é unicamente a contemplação das idéias. Se a natureza do estado é, essencialmente, a de organismo ético-transcendente, a sua finalidade primordial é pedagógico-espiritual; a educação deve, por isso, estar substancialmente nas mãos do estado. O estado deve, então, promover, antes de tudo, o bem espiritual dos cidadãos, educá-los para a virtude, e ocupar-se com o seu bem estar material apenas secundária e instrumentalmente.
Palavras-chave : Platão. Estado ideal. Educação. Filósofos. Virtude. Política.
SUMÁRIO