Cidade grande e seus problemas
“Quanto maior o tamanho, maior o tombo”. A máxima, se aplicada à São Paulo, faz todo o sentido do mundo. Não existe fórmula mágica que resolva todos os problemas de uma cidade, mas uma coisa é certa: quanto maior o tamanho, maiores e mais complexos são os seus problemas.
E se a complexidade do problema é proporcional ao tamanho da cidade, osgestores públicos de São Paulo estão enrascados. Afinal de contas, a capital paulista é a cidade mais populosa do hemisfério sul. Cerca de 11 milhões de habitantes vivem distribuídos em seus 1.524 quilômetros quadrados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Analisando os números acima, é fácil vislumbrar otrânsito de São Paulo, dona de uma frota de mais de 5 milhões de automóveis (1 carro para 2 habitantes), 10 mil ônibus e 600 mil motocicletas.
Não é preciso dizer que a situação é devagar... quase parando. No pico da manhã, a velocidade média é de 23 km/h, à tarde, 27 km/h. Chega a ser um pouco mais rápido do que uma bicicleta a passeio (mas os ciclistas garantem que seu meio de transporte é mais prazeroso). Há dias em que são registrados de 120 a 140 km de lentidão. O recorde, no entanto, é estoeante: incríveis 242 km de congestionamento, registrados em 1996pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Mais do que aborrecedor e estressante, o trânsito em São Paulo é violento. Em 2006, 1,48 mil pessoas morreram em acidentes, sendo que 49,4% eram pedestres. Por dia, morreram, em média, 2 pedestres e 1 motociclista.
* Poluição do ar
O excesso de veículos automotores em circulação nas ruas, somado à intensa atividade industrial, são os grandes responsáveis pela poluição atmosféricapaulistana. Quem mora em São Paulo sabe o quãoinsalubre é... respirar. O ar da capital é infestado por poluentes químicos, monóxido de carbono, cloruorcarbonetos (causadores do efeito estufa) e metais pesados.
Quem, em São Paulo, nunca observou a beleza nefasta de uma