Cidade de Araras
A fundação da cidade é atribuída aos irmãos Bento de Lacerda Guimarães, barão de Araras, e José Lacerda Guimarães, barão de Arari, originários de Itatiba. As primeiras residências da região surgiram em suas terras por volta de 1862, mas foi a doação de parte da Fazenda São Joaquim (no Município de Limeira) - propriedade que pertence até hoje a seus descendentes, que permitiu a construção da capela que mais tarde se tornaria a Igreja Nossa Senhora do Patrocínio da cidade, em 15 de agosto de 1862. O nome "Araras" foi escolhido em referência ao nome do rio que corta a cidade, e também devido ao grande número dessa ave que havia na região.
De paróquia a município[editar | editar código-fonte]
Com a doação do terreno, em 15 de agosto de 1862, foi lançada a pedra fundamental para a construção da igreja. Embora nessa data já houvesse núcleos habitacionais, foi só em 24 de março de 1871 que a paróquia foi elevada à categoria de vila, graças à lei provincial n.º 29, publicada nesta data. A data é comemorada como o aniversário do município. Só em 1879 o povoado foi considerado cidade e em 1892 foi instalada a comarca. eguindo tendência da época, a cafeicultura alavancou o desenvolvimento da região, inicialmente baseada na mão de obra escrava. No final do século XIX, a massiva imigração europeia trouxe a Araras uma enorme quantidade de italianos. Antecipando-se à própria Lei Áurea, Araras foi uma das primeiras cidade brasileiras a abolir oficialmente a escravidão, em 8 de abril de 1888.
Logo no início do século XX, a cidade também foi pioneira numa das primeiras comemorações ecológicas do país, a Festa das Árvores, em 7 de junho de 1902. Também foi nessa época que se iniciou a atividade que atualmente ainda movimenta a maior quantidade de divisas na cidade: a monocultura de cana-de-açúcar. Inicialmente, o cultivo era voltado para a produção de açúcar, mas hoje a maior parte das colheitas são destinadas à produção de etanol