Cidade Antiga Livro 3
As primeiras formas de sociedade se deram pela junção das famílias, embora cada família constituísse sua própria religião doméstica, na qual proibia a junção com outras. Foi possível que as reuniões acontecessem, caso não houvesse sacrifícios aos seus próprios deuses. As reuniões – culto - possuía uma linguagem neutra, perceptível ao entendimento de todos, este novo fenômeno foi nomeado pelos gregos por “Frátia” e na língua latina por “Cúria”.
Antes de passar da formação das tribos para a formação das cidades, é importante frisar um elemento importante na vida intelectual dessas antigas populações. Historicamente nos deparamo-nos uma religião que tinha por objeto os antepassados e por principal símbolo, o lar: o que constituiu a família e estabeleceu as primeiras leis. Mas essa raça também apresentou outra religião, cuja figura apresenta Zeus, Hera, Atena e Juno. Dessas duas religiões, a primeira tirava seus deuses da alma humana; a segunda da natureza física. O homem dos primeiros tempos vivia constantemente em contato com a natureza levando dos recursos naturais sua sobrevivência e meios de habitação. Um sentimento de agradecimento e temor ao mesmo tempo, uma vez que agradecia a claridade oferecida pelo sol e temia a escuridão fornecida pela noite. Esse sentimento não levou de imediato a concepção de um único Deus que rege o Universo. Ao lançar o olhar sempre imaginava que o universo fosse uma república em conflito e que os astros possuíam outras pessoas semelhantes à sua. Tendo isso em vista, ele reconheceu sua dependência e orou a eles, e transformou-os em deuses.
Assim, nessa raça, ideia religiosa se apresentou sob duas formas muito diferentes. Por um lado, homem vinculou o atributo divino ao princípio invisível, à inteligência, ao que entrevia da alma, ao que sentia de sagrado dentro de si mesmo. Por outro lado, aplicou a sua ideia do divino aos objetos exteriores que contemplava que amava ou temia, aos agentes físicos que eram os