Cidadania e globalização
Com a globalização houve um estreitamento das relações e das interdependências a nível mundial aos níveis económico, social, cultural, entre outros.
Com o desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação e dos meios de transporte não se expandiram apenas as trocas comerciais; também se facilitou a troca das ideias e a contaminação das culturas umas pelas outras.
Assistiu-se a um duplo fenómeno, por um lado, as culturas que se exprimiam localmente ganharam uma dimensão global, as culturas surgiram como fenómenos globais, por outro lado, começou a emergir uma cultura global, resultado de uma
certa aproximação ou homogeneização do gosto e dos padrões de consumo. Uma vez que a globalização entra nas nossas casas através dos media ou através de contactos pessoais com pessoas de outras culturas.
O aumento dos contactos e da interdependência a nível mundial, transforma a maneira como o mundo se nos apresenta, altera a maneira como o olhamos e o
nosso próprio modo de viver e também permite a aquisição de hábitos culturais que não são específicos de uma determinada cultura.
Os meios de comunicação social e, em particular, o impacto das campanhas publicitárias das grandes marcas internacionais têm levado a uma adesão ao consumo de alguns produtos, o que os torna «produtos globais». Deste modo, verifica-se uma tendência, pelo menos nas sociedades mais desenvolvidas e com maior poder de compra, para os hábitos de consumo serem idênticos, isto é, para uma uniformização dos padrões de consumo a nível mundial. Por exemplo, certos tipos de consumo juvenil, ao nível do vestuário, dos gostos musicais, da alimentação ou da prática desportiva são praticamente os mesmos em qualquer sociedade desenvolvida. Contudo, a uniformização do consumo é relativa, ou seja, existem desigualdades no consumos entre: países desenvolvidos e países menos desenvolvidos, nos quais grande parte da população não tem possibilidades