Ciclos Económicos e Destruição Criativa (Schumpeter)
Joseph Schumpeter foi um dos economistas que melhor entendeu o sistema capitalista e se muitos dos temas que abordou são agora do conhecimento e aprovação comuns, como seja o papel da inovação no sistema capitalista, outros são menos divulgados e até contrariados e outros ainda só muito recentemente começaram a surgir no pensamento e nas políticas económicas mais correntes.
Para Schumpeter uma das facetas fundamentais do capitalismo é a inovação, ideia que agora está bastante difundida, mas em sentido mais restrito que o que Schumpeter pensava. Para ele, a inovação surge sempre que um empresário produz algo de novo, ou produz o mesmo através de novos métodos ou processos, ou encontra novos mercados por explorar. Tem um sentido muito amplo e por isso a inovação é e deve ser a principal função do empresário. Deste modo, Schumpeter distinguiu cinco cenários distintos para a inovação:
Como pequena nota, convém distinguir o conceito de inovação do conceito de invenção. De acordo com Fagerberg, a invenção seria a primeira ocorrência que uma pessoa tem de uma ideia respeitante a um novo produto ou processo, enquanto a inovação tem lugar quando se tenta pôr em prática essa ideia. De acordo com este critério, as inovações, só se produziriam no âmbito das empresas, já que estas são quem possuem os recursos e capacidades para as colocar em prática com um claro objetivo de obter um benefício económico.
Mas a inovação pode ser a causa última do aparecimento das Depressões. Porque a uma inovação, após um período inicial de lucros monopolistas segue-se o aparecimento de produtos semelhantes, ou mais inovadores, que irão necessariamente fazer baixar o seu preço. Verificamos isto continuamente, desde computadores, automóveis até ao vestuário.
As Depressões económicas são portanto para o autor inevitáveis, e a ocorrência de ciclos económicos uma das características do sistema capitalista.