Chão
Após um período de angústia, contra-tempos, inovações, perseguições, Strindberg decide-se afastar do teatro, (1892-1897) virando-se para a ciência e alquimia, explorando a fotografia e a pintura. Voltando mais tarde a escrever.
Um sonho («uma fotografia da vida») é uma das grandes peças “revolucionárias” de August Strindberg, discute a ética e moral. Escrita em 1901. Vinda da prateleira onde se encontram: Inferno, A sonata dos espectros, Para Damasco, A casa queimada, A tempestade. Peças estas, escritas numa fase mais pessimista da vida do autor, moldado pelas vivências. A esta prateleira poderiamos nomeá-la “prateleira Expressionista”
“O teatro expressionista designava uma atitude moral, uma concepção do mundo e uma atitude intelectual implicando uma teoria do conhecimento, uma metafísica e uma ética.” O expressionismo veio opor-se à representação fiel da realidade do naturalismo, abandonando o decalque do mundo exterior e propondo reflectir a essência das coisas, através de uma visão subjectiva do ser humano. Em cena procurava um ambiente de auto-observação, de pesquisa psicológica da realidade. Strindberg com as suas obras fraccionou com o conceito de espaço e de tempo, dando ênfase à psicologia da personagem, que passa a ser um símbolo mais do que um indivíduo. As personagens deixam de ter personalidade própria para passarem a personagens tipificadas que encarnam determinados papéis sociais, nomeados pela sua função: comerciantes, soldados, operários, mães, pais, jardineiros… Os protagonistas tinham uma tendência a serem solitários, torturados, despojados de aparência social – isolados do mundo. A linguagem também sofrera alterações tornando-se sóbria, concisa, exaltada, dinâmica. A sua primeira obra que vem fazer o rompimento som o naturalismo é a peça Inferno (1899).
Começou a escrever a peça, Um Sonho, pouco tempo depois após o divórcio com a sua terceira mulher, Harried Bosse. “A minha peça