Chuva Acida Ii
Chuva, neve ou neblina que contém alta concentração de ácidos em sua composição. Essas substâncias resultam da emissão de poluentes na atmosfera, principalmente óxidos de nitrogênio (NO) e dióxido de enxofre (SO2). Os óxidos de nitrogênio, que originam o ácido nítrico, são liberados por veículos movidos a gasolina e a óleo diesel. O dióxido de enxofre, que gera o ácido sulfúrico, é produzido pela queima de óleo diesel em caminhões e ônibus e por combustíveis fósseis, como carvão e derivados de petróleo. Ao atingir a superfície terrestre, esses ácidos alteram a composição do solo e das águas, comprometendo as lavouras, as florestas e a vida aquática. Também podem corroer edifícios, estátuas e monumentos históricos, o que vem acontecendo em vários lugares da Europa e nas ruínas maias no México. As precipitações ácidas são mais intensas nas áreas industriais do hemisfério norte. De acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), cerca de 35% do ecossistema europeu já está degenerado em função da acidez da chuva. No leste dos Estados Unidos e na Europa Ocidental já foram registrados índices de acidez entre 2 e 3, numa escala de 0 a 14, cujos indicadores abaixo de 7 são considerados ácidos. Muitas espécies de peixe e quase todas as de molusco não sobrevivem a índices abaixo de 4,8. Segundo relatório do Banco Mundial divulgado em 1998, os países da Ásia e da região do Pacífico serão os mais prejudicados pela chuva ácida no próximo século. Nessas áreas, a obtenção de energia pela queima de carvão e de óleo libera grande quantidade de SO2, um dos principais elementos da chuva ácida. Se a tendência atual for mantida, a emissão de SO2 na região deve triplicar até 2010 (em relação a 1990), ultrapassando os níveis da América do Norte e da Europa somados. Os efeitos já estão sendo sentidos. Pesquisadores na China descobriram que plantações de trigo em regiões onde ocorre chuva ácida têm a metade do tamanho de plantações a 22 km de distância, não