chris.
Mantido Pelo Instituto de Educação e Assistência Lucia Filippini
Nome: ___________________________________________________ nº ______ Nota: ________
3º ano - Profª Eliana Avaliação de Língua Portuguesa Data: 17/04/2012
Criança às vezes faz cada uma! Veja só o que o médico e escritor Drauzio Varella fez quando garoto.
Leia a história com atenção!
O esqueleto
Meu tio Amador gostava muito de estudar e me deixava brincar com caixa vazia de amostra grátis de remédio, ao lado da escrivaninha. No quarto ele tinha um esqueleto humano com caveira e tudo, pendurado num suporte e coberto com um lençol. O esqueleto era meu amigo íntimo, nós conversávamos, eu apertava a mão dele, e ficava curioso sobre como teria sido a vida dele (porque o meu tio sabia que o esqueleto era de um homem).
Eu podia mexer no esqueleto, mas o tio insistia em que eu tivesse cuidado e respeito. De modo geral eu tinha, mas às vezes, quando o tio saía, eu escurecia o quarto e convidava um ou dois moleques da rua para descobrir um tesouro lá em casa. Entrava com eles pé ante pé, com as tábuas do corredor rangendo, e ia até o quarto envolvido na penumbra. Quando chegavam perto do suposto tesouro coberto, num movimento rápido eu puxava o lençol e gritava com a voz mais grossa que eu conseguia: “É a morte!”
O esqueleto chacoalhava no suporte e a molecada, em pânico, corria feito barata tonta pelo corredor. Apavorados, alguns se perdiam pela casa e iam parar na cozinha, onde estava minha avó, que gritava e fazia com que eles se assustassem mais ainda. Depois as mães vinham reclamar que os filhos não conseguiam dormir à noite, de medo.
Nas ruas do Brás.São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000.p.41-2
1-No quarto do tio do menino que conta essa historia havia um esqueleto humano.
a-Por que o tio do menino tinha um esqueleto em seu quarto?