Choque
Choque hipovolêmico, cardiogênico, anafilático, neurogênico, séptico
Choque é uma síndrome caracterizada pela incapacidade de o sistema circulatório fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos de forma a atender as suas necessidades metabólicas. A insuficiência circulatória causa dano celular e lesão em vários órgãos, que podem tornar-se irreversível se o choque não for rapidamente corrigido.
Não se deve definir choque com base apenas na pressão arterial, já que existem condições que pode haver hipotensão sem choque, com ofertae consumo adequados de oxigênio.
O conceito atual de choque e toda sua fisiopatologia envolvem um desequilíbrio entre a oferta e a demanda celular de oxigênio. Para que as necessidades metabólicas celulares sejam atendidas, deve haver uma adequada oferta de oxigênio. Esta oferta é a quantidade total de oxigênio transportada aos tecidos, e é dependente de três fatores: a concentração de hemoglobina, o débito cardíaco e o conteúdo de oxigênio no sangue arterial.
Após o estabelecimento do quadro de choque, vários mecanismos compensatórios ocorrem para preservar o suprimento de oxigênio a órgãos vitais como coração e o cérebro, atuando para restaurar pelo menos parcialmente o volume intravascular efetivo e aumentar o débito cardíaco.
A moderna classificação do choque foi proposta por Weil em 1972, utilizando quatro categorias, baseadas na causa primária da anormalidade perfusional. Estas categorias, contudo, não são isoladas entre si, havendo considerável superposição entre os diversos tipos.
Choque Hipovolêmico
No choque hipovolêmico o desarranjo inicial é a perda de volume circulante, com redução do retorno venoso e diminuição do débito cardíaco e da oferta de oxigênio. A pressão arterial isoladamente não é um bom indicador da severidade do choque hipovolêmico, pois pode ser mantida em níveis próximos da normalidade devido à vasoconstrição intensa (especialmente em pacientes jovens e sem patologia prévia), devendo ser