Economia 2008
Bolsa alternou momentos de euforia e depressão ao longo do ano.
Mercado brasileiro acumulou perdas de 41,22% em 2008.
A turbulência foi a marca registrada de 2008 na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ao longo de 12 meses, a bolsa paulista alternou momentos de euforia com dias de depressão causados pela crise financeira internacional.
Em maio, após a concessão do grau de investimento ao Brasil, a bolsa registrou recorde histórico de operações. Mas a partir do final de setembro, o mecanismo que interrompe os negócios em caso de perdas superiores a 10% - o circuit breaker – teve de ser acionado seis vezes, cinco das quais em outubro. O mercado acionário brasileiro chegou ao fim de 2008 acumulando prejuízo de 41,22% frente ao fechamento de 2007. A queda anual é a maior desde os -44,42% registrados em 1972 e a segunda maior da história do indicador, criado em 1968. A terceira maior queda foi verificada em 1998, de 33,46%, segundo levantamento da consultoria Economatica.
No início do ano, a Bovespa – que foi o melhor investimento de 2007 – operou estável, nas proximidades do patamar de 60 mil pontos. O mercado nacional começou a registrar ganhos mais elevados em abril, quando estava em curso um processo de elevação no preço das commodities, especialmente o petróleo, o que favorecia as maiores empresas do mercado nacional, Petrobras e Vale.
O impulso definitivo veio em maio, quando as principais agências mundiais de classificação de risco concederam ao Brasil o grau de investimento, que funciona como uma espécie de garantia de que o país é um local seguro para o dinheiro dos investidores. Em conseqüência, a Bovespa disparou a atingiu seu recorde histórico de pontuação no dia 20 de maio, com 73.516 pontos.
No entanto, a bolsa começou a enfrentar dificuldades com o agravamento da crise financeira nos EUA, que fez com que muitos investidores estrangeiros retirassem seu dinheiro do