Choque
Choque cardiogênico pode ser definido como uma incapacidade primária do coração de fornecer um débito cardíaco suficiente para as necessidades metabólicas, na presença de um volume circulante adequado. Pode ser encontrado em diversas situações clínicas, porém, sua principal causa é a perda súbita de massa muscular por infarto agudo do miocárdio (IAM). O choque cardiogênico ocorre em cerca de 7 a 10% dos casos de IAM, com mortalidade de 70 a 90%, sendo geralmente associado à perda superior a 40% da massa muscular do ventrículo esquerdo. Esta perda pode ocorrer em conseqüência de um grande infarto ou com infartos menores sucessivos.
O resultado do tratamento clínico no choque cardiogênico é extremamente desfavorável. A mortalidade é alta e os sobreviventes apresentam baixa expectativa de vida devido ao avançado grau de insuficiência cardíaca que se estabelece. A infusão de drogas inotrópicas deve ser iniciada imediatamente. Vasodilatadores como a nitroglicerina ou nitroprussiato de sódio, podem ser benéficos, pois diminuem a pré e pós-carga, reduzindo a congestão pulmonar e facilitando o esvaziamento ventricular. O uso de dispositivos de assistência circulatória mecânica, o balão intra-aórtico, pode ser uma alternativa terapêutica nos casos de grande perda de massa ventricular.
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3.2-Choque Séptico:
Este termo refere-se ao estágio avançado de uma síndrome progressiva, denominada sepse. Termos como sepse, septicemia, bacteriemia, síndrome séptica, choque endotóxico, choque séptico são usados como sinônimos, dando margem a confusões e um conhecimento impreciso da fisiopatologia.
Choque séptico pode ser causado por uma variedade de microorganismos. Os mais freqüentemente envolvidos são as bactérias gram-negativas (50% dos casos) e gram-positivas (30 a 35% dos casos). O restante abrange bactérias menos comuns, fungos,