Choque
Na nutrição celular adequada, o sistema circulatório retira oxigênio dos pulmões, nutrientes do intestino e fígado, levando-os à todas as células do corpo; posteriormente, retira gás carbônico e detritos celulares profundos dos tecidos, carregando-os para os órgãos excretores (pulmões, rins, fígado etc.).
Num sistema funcionando de forma eficiente e adequada, o coração não cessa o bombeamento do sangue, o volume de sangue circulante é suficiente para manter os vasos cheios e seu calibre está ajustado às condições normais. Um desajuste em qualquer desses fatores irá provocar falha na perfusão tecidual, levando a vítima a desenvolver falência hemodinâmica e consequente estado de choque.
Ou seja, tal falha pode ter por origem o (a):
1º) Coração - falha de bomba;
2º) Sangue - perda de sangue ou plasma;
3º) Dilatação dos vasos sangüíneos - capacidade do sistema circulatório muito superior ao volume de sangue disponível para preenchê-lo.
Quando há problema na circulação cerebral, o nível de consciência da vítima é reduzido e os rins diminuem o débito urinário; em contrapartida, o coração aumenta a freqüência de batimentos, num esforço para manter o fluxo de sangue aos órgãos vitais. À medida que o choque agrava-se, o músculo cardíaco comprometido desenvolve bradicardia, com decorrente parada cardíaca.
Tabela 1.1: Quanto mais sinais clínicos por categoria forem apresentados pelo paciente, maior a urgência da necessidade de transporte e assistência emergencial, sempre de acordo com o tipo de choque.
Tratamento geral de choque
Garantir a oxigenação (via aérea desobstruída e ventilação adequada);
Identificar e controlar hemorragias;
Transporte ao centro de atendimento definitivo;
Administrar fluidos durante o transporte conforme demanda.
Suporte ao tratamento geral dos tipos de choque
Hipovolêmico: O tratamento definitivo do choque hipovolêmico é a reposição de líquidos (soluções salinas ou sangue pré- aquecido a 39