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O início do socialismo alemão
Até o ano revolucionário de 1848, a França foi sem dúvida o centro do socialismo e do pensamento socialista. O único grande pensador socialista anterior a Marx não francês foi Robert Owen. Babeuf, Saint-Simon, Fourier, Enfantin, Leroux, Cabet, Blanqui, Louis Blanc, Buchez e Proudhon, todos eram franceses. Também o era Lamennais. Frente a estes nomes, com a única exceção de Robert Owen, até o início da década de 1840, só podemos colocar os economistas anticapitalistas da Grã-Bretanha: Hall, Thompson, Hodgskin, Gray e J. F. Bray, o owenista cristão John Minter Morgan, e na Alemanha, ou mais além dela, porque esteve ali por pouco tempo, Wilhelm Weitling.
Há, sem dúvida, alguns outros na Alemanha que é necessário ter em conta: J. G. Fichte, que era uma espécie de socializador, se bem que não um socialista, em nenhum sentido que o relacione com os outros pensadores estudados neste livro; e, como precursores do marxismo, Feuerbach, e vários “jovens hegelianos”: os irmãos Bauer, Möses Hess, Arnold Ruge e muitos mais. Existiram também, na década de 1840, grupos emigrados em Londres, Bruxelas e Paris que caíram num canto da História, principalmente porque chegaram a ser colaboradores, e mais tarde inimigos, de Marx. E também temos, por exemplo, as grandes figuras de Godwin e de Paine que, sendo apenas socialistas, são, sem dúvida, precursores das doutrinas socialistas. Há ainda, figuras menores como Thomas Spence e alguns outros dos primeiros defensores da reforma agrária, e os desconhecidos, como Percy Ravenstone.
Paris: o centro socialista
Nenhuma destas exceções invalida a conclusão geral. Paris, até 1848, foi o lugar aonde todo tipo de teorias de organização social anarquista, socialista ou comunista foi lançado, largamente discutido e submetido ao exame dos teóricos rivais, não só por rincões e por pequenos grupos de maníacos e “advogados sofistas”, senão coram populo, nos periódicos mais influentes, em clubes