China da vida
República popular da
China
OPresidente da República acaba de realizar uma longa viagem à China acompanhado de uma vasta comitiva empresarial. Portugal, país pequeno na Europa, tem destas coisas, que a História nos proporciona, permitindo- -nos ter um "especial relacionamento" com esta potência emergente, que não deixará de se afirmar de forma decisiva até meados deste século.
Com uma população de 1,3 mil milhões de habitantes e um PIB que representa cerca de 5% do PIB mundial, a combinação entre "capitalismo económico" e " comunismo político" tem permitido taxas de crescimento, nos últimos 20 anos, entre 7% e 10% ( e 7,1% foi só em 1999).
É hoje recorrente divulgar dados impressionantes sobre grandes mudanças económicas e sociais na China. Menores do ponto de vista político, pelo menos formalmente, mas inevitáveis.
Importa relembrar alguns elementos desde 2000, cerca de 200 milhões de habitantes das zonas rurais deslocaram-se para as cidades; o investimento directo estrangeiro tem entrado nos últimos três anos, a um ritmo de cerca de um milhar de milhão de dólares por semana; até 2007 prevê-se que 1/3 da indústria electrónica mundial esteja localizada na China; cerca de 25% dos contentores que circulam no mundo passam pela China; 10 300 km de auto-estradas foram postos em serviço em 2002/2003. Até 2010 prevê-se uma rede de cerca de 70 000 km, o que pressupõe um ritmo de construção anual de 5000 km; no sector do calçado dos 13 mil milhões de pares produzidos no mundo anualmente, 7 mil milhões são chineses, e destes 4 mil milhões para exportação; as importações europeias de vestuário de origem chinesa quase triplicaram entre 1995 e 2003 de 3,9 mil milhões de euros para 10,6; a China é o 1.º produtor mundial de nylon, produz 65% das bicicletas produzidas no mundo, 95% das raquetas de ténis, 70% dos isqueiros, mais de uma máquina fotográfica digital por cada duas vendidas no mundo.
Os números poderiam continuar. À sua caminhada para potência económica