China - breve história
Introdução
A China esteve em evidência na última década e em 2008 aumentou sua visibilidade internacional devido à realização dos Jogos Olímpicos em Pequim e aos protestos relacionados à luta pela autonomia do Tibete.
País mais populoso do planeta e um dos maiores em extensão territorial, a China vem realizando, desde os anos 1970, uma rápida liberalização de sua economia, concentrada principalmente nas Zonas Econômicas Especiais, com hegemonia do Estado na produção. Durante a Guerra Fria, a aproximação diplomática da China com o mundo capitalista, já havia sido iniciada pelo próprio Mao Tsé-tung, por meio da visita histórica do presidente estadunidense Richard Nixon a Pequim, no início dos anos 1970.
Após a morte do “grande timoneiro” (como Mao era chamado) em 1976, as novas lideranças promoveram uma verdadeira guinada na história do comunismo, abrindo a economia chinesa ao mundo capitalista. Esse processo prosseguiu e gerou manifestações sociais contra o poder totalitário do Partido Comunista, que culminaram com o episódio da sangrenta repressão aos estudantes na Praça da Paz Celestial, em 1989. Foi nesta mesma praça que, no dia primeiro de outubro de 1949, Mao Tsé-tung havia proclamado o nascimento da República Popular da China, depois de décadas de submissão ao imperialismo japonês e de uma sangrenta guerra civil entre nacionalistas e comunistas que deixou um saldo de cerca de 40 milhões de mortos.
Os avanços sociais nas áreas de ensino e saúde e a unificação de um vasto território com cerca de um bilhão e duzentos mil habitantes, que durante cinco milênios de história viveu fragmentado e dominado por inimigos estrangeiros, foram os maiores legados de Mao Tsé-tung.
Das dinastias medievais ao imperialismo
Várias dinastias imperiais governaram a China, que, desde 221 a.C. sofreu unificações e desmembramentos, até a intervenção das grandes potências ocidentais imperialistas em meados do século XIX.
Na Guerra do Ópio