China: atividade agropecuária polui mais do que a indústria
Com efeito, a adoção de práticas agrícolas intensivas - através do crescimento do uso de fertilizantes e pesticidas - é a principal responsável pela deterioração da qualidade da água – contribuindo com mais de metade da sua composição orgânica, bem como 67 % do fósforo e 57% do azoto libertados no ambiente. Por outro lado, o crescimento da criação de gado a da Aquacultura têm agravado o problema.
Segundo a Sze Pangcheung, da Greenpeace “ a poluição agrícola tornou-se uma das crises ambientais mais graves da China”. Um estudo realizado por investigadores chineses concluiu que os agricultores usam quase o dobro dos fertilizantes de que necessitam e um relatório da Greenpeace calcula que o país consuma 35% dos adubos azotados usados a nível mundial, o que contribui para aumentar a poluição da água e as emissões de gases de efeito-de-estufa.
As autoridades escudam-se na necessidade de alimentar os 22% da população mundial que habita o território chinês, que representa apenas 7% da superfície terrestre. No entanto, na apresentação do relatório um responsável do Ministério da Agricultura reconheceu que é preciso agir anunciando que o Ministério procurará implementar medidas para melhorar a eficiência no uso de pesticidas e fertilizantes, expandir a produção de biogás a partir de resíduos de origem animal e alterar o estilo de agricultura para proteger o meio ambiente.
Apesar dos números expressivos o governo anunciou que não vai utilizar estes dados para avaliar o sucesso do seu plano a cinco anos para reduzir a poluição em 10%. As autoridades consideram que o país resolvendo o seu problema de poluição mais depressa do que outros países fizeram no seu processo de desenvolvimento,