Chernobyl
Ao assistir um documentário sobre o acidente de Chernobyl, o que mais chamou a minha atenção foi à declaração de uma das vítimas, um senhor que havia lutado na segunda guerra mundial. Na entrevista, ele disse que preferia estar novamente na guerra que participou ao invés de enfrentar o acidente de Chernobyl, pois, diferentemente da situação que passou em que via o inimigo, os tanques, os mísseis, no desastre de Chernobyl o inimigo demonstrava-se
“invisível”.
O que foi o acidente de Chernobyl? Como ocorreu? Quais foram/são suas consequências? Este trabalho irá esclarecer estas e outras questões fundamentais sobre o maior desastre nuclear da história.
A fim de tornar compreensível este acidente, são necessários alguns conhecimentos fundamentais. Para isto, é importante saber o que é a radioatividade, como funciona uma usina nuclear, para posteriormente compreendermos o que aconteceu em Chernobyl e quais as consequências para a humanidade.
O que é radioatividade?
A radioatividade é um fenômeno que ocorre nos átomos, mais especificamente no núcleo de alguns tipos de átomos. Estes ‘’tipos de átomos’’ que tem seu centro instável são átomos geralmente ditos “pesados‟ (com um grande número de prótons no núcleo e, consequentemente, elevada massa –
Daí a expressão “pesados”). O fenômeno da radioatividade emitida pelo urânio, tório, actínio, polônio e rádio foi descoberto e estudado por grandes
Nomes da ciência, como Roentgen, Becquerel, Marie e Pierre
Curie (estes dois últimos, marido e mulher), entre o final e início dos séculos IX e XX.
Desde então, o homem dedica-se aplicando este conhecimento para fins nobres e para outros não tão nobres assim. Surgiram usinas nucleares, que produzem energia elétrica. Há também aplicações na medicina. Porém, também existiram as duas bombas nucleares na segunda guerra mundial e a guerra fria que nos deixou com um grande medo de uma possível guerra nuclear entre EUA e URSS.