Charles Wright Mills Sociologia
Charles nasceu dia 28 de agosto de 1916. Ele foi um sociólogo norte-americano, mestre em arte, filosofia e sociologia, tinha doutorado em sociologia e antropologia e ainda foi professor de Sociologia nas Universidades de Maryland e Columbia.
Mills desafiou ideias e preconceitos sociais afirmando assim como uma figura inovadora e inevitável da sociologia. Ele abalou grandes nomes das ciências sociais com criticas severas a tradições teóricas importantes.
Num dos seus livros de maior destaque, A Imaginação Sociológica (1959), criticou a tendência para manipular a evidência histórica e assim produzir um "colete de forças trans-histórico". Na mesma obra, identificou outro entrave ao progresso das ciências humanas naquilo a que chamou "Grã Teoria", ou seja, na crença de que o objetivo das ciências sociais é o de construir "uma teoria sistemática da 'natureza do homem e da sociedade'". Segundo Mills, a "grã-teoria" está tão preocupada em fazer revelações abstratas da sociedade que evita lidar com os grandes problemas sociais.
A sua postura crítica e independente dos grandes centros de poder ficou clara também noutra das suas mais importantes obras, A Elite do Poder (1956), onde traça uma explicação da estrutura de poder da sociedade norte americana do pós-guerra e afirma que as três esferas institucionais mais importantes nesta sociedade são as esferas política, industrial e militar, cada vez mais interdependentes.
Uma das críticas de Mills à sociologia era de que esta deveria ser acessível à compreensão do grande público. Esta sua crítica fazia parte de seu argumento maior de que o intelectual deveria manter uma postura crítica e reflexiva diante da realidade, e assim tomar parte nos debates públicos de sua época.
Para Mills, a racionalidade do mundo ocidental da atualidade não produziu a indispensável libertação do ser humano, já que as principais ideologias desenvolvidas - capitalismo e socialismo - não se mostraram aptas a prever e controlar