Chaplin tempos modernos
Através de elementos simbólicos, Chaplin vai construindo sua crítica profunda ao sistema. Inicialmente mostra um relógio, o símbolo do controle do tempo, o "time is Money", marcando o horário de entrada no trabalho que Weber chamou de prisão psíquica. O controle do tempo através das técnicas de "tempos e métodos" foi fundamental para o aumento da produtividade e redução de custos, numa época em que era preciso produzir em grande escala para atender a crescente demanda de mercado. Em seguida o filme mostra um bando de carneiros ou ovelhas caminhando ordeiros para o matadouro ou a tosquia. Nessa cena a crítica é ferina, ao apresentar os trabalhadores como autômatos, desprovidos de idéias, adestrados para atividades repetitivas. A visão da linha de produção, ainda que de forma simbólica, com o nosso herói apertando parafusos compulsivamente, sem saber para que fim, indica a alienação do operário, sem uma visão do objetivo do seu trabalho, que de tão fragmentado, perdia-se a noção de sua finalidade.
A cena em que é testada uma máquina construída para alimentar os trabalhadores segue na linha de crítica