chapel vermelho
Adaptação: Fábio Aiolfi
Cena Única
No palco está Chapeuzinho. Perto dela tem uma cesta. Ela conta seus pãezinhos. Entra a D. Chapelão.
Chapeuzinho: Um pãozinho pra mim, um pra vovó, três pra mim, metade de um pra vovó. Sete pra, nenhum para vovó.
Chapelão: Chapeuzinho, você ainda está aqui?
Chapeuzinho: Estou sim mamãe.
Chapelão: Mas a senhorita esqueceu que sua avó está sozinha? E que não pode se levantar da cama, pois está muito doente... Deve está morrendo de fome, coitada!
Chapeuzinho: Ih! É verdade mamãe. Vou agora mesmo!
Chapelão: Mas antes... Sabe o caminho da floresta?
Chapeuzinho: Sei, mamãe.
Chapelão: E você promete ir direitinho sem conversar com ninguém?
Chapeuzinho: Prometo, mamãe.
Chapelão: E se você encontrar na floresta um esquilo?
Chapeuzinho: Eu saio correndo atrás dele!
Chapelão: Mas se ele for por um caminho que você não conhece?
Chapeuzinho: Então eu digo até logo... e volto.
Chapelão: Ainda bem. Então vá direitinho, sem conversar com ninguém.
Chapeuzinho: Não converso não, mamãe... mas...
Chapelão: Mas o que?
Chapeuzinho: E se eu vir uma borboleta daquelas grandes azuis, posso apanhá-la?
Chapelão: Não! Hoje não pode! Você tem que encontrar com a vovó. Vá logo! E fala com ela que a D. Chapelão Vermelho mandou lembranças!
Chapeuzinho: Está bem mamãe! (Chapelão sai)
(Entra Pluft)
Chapeuzinho (Canta): Pela a estrada a fora eu vou tão sozinha, vou levar uma torta para a vovozinha.
Pluft: Ei... Você viu minha mãe?
Chapeuzinho: O que é você?
Pluft: Eu sou um fantasma e você?
Chapeuzinho: Sou Chapeuzinho Vermelho. Fantasma mesmo?
Pluft: Sim. E você? É mesmo Chapeuzinho Vermelho?
Chapeuzinho: Sou sim. E não vi sua mãe.
Pluft: Ela deve estar no chá com a Maria Minhoca e com A Bruxinha que era boa.
Chapeuzinho: Você não tem pai?
Pluft: Eu tinha. Meu pai trabalhava no teatro. Ele era o fantasma da ópera. Mas agora morreu e virou papel celofane. Pra onde você vai com essa cesta?
Chapeuzinho: