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A retomada da globalização
Revista Exame

A recuperação da União Europeia (UE), a criação de novos blocos e o estímulo da Organização Mundial do Comércio (OMC) ditarão o ritmo da economia em 2014
Na área econômica, 2014 começou semanas antes do Réveillon, mais precisamente em 7 de dezembro de 2013. Na ocasião, a OMC celebrou em Bali, na Indonésia, um acordo para tornar o comércio internacional menos burocrático.

´Estima-se que o tratado - caso corresponda às expectativas - adicione 1 trilhão de dólares ao fluxo do comércio global e gere 21 milhões de empregos.`
O consenso obtido em dezembro deve reanimar o processo de globalização, duramente atingido pela crise desencadeada em 2008. “O mundo está cansado do recuo na globalização”, diz Marcos Troyjo, professor da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Juntamente com o início da recuperação da UE e a criação de blocos comerciais, esse movimento ditará o ritmo da economia mundial em 2014 e nos anos seguintes.
Globalização
A recessão econômica dos últimos anos fez com que países desenvolvidos e emergentes erguessem barreiras contra a entrada de produtos estrangeiros para proteger seus mercados. Tais medidas provocaram uma retração na economia.
Em 2013, o intercâmbio comercial entre países de todo o mundo cresceu pouco mais de 3%, contra uma média de 5,3% nos 20 anos anteriores.
Diante do desafio de reverter esse cenário, a iniciativa da OMC é vista como um caminho relativamente rápido para aumentar as exportações. A medida deve, ainda, beneficiar o Brasil – país que, por privilegiar acordos diretos com outros países, perdeu relevância internacional.
Hoje, o Brasil responde por 1,7% do comércio global, contra 2,5% na década de 70.
Blocos
O Brasil deve ficar atento, ainda, à gestação de novos blocos comerciais, como o Trans-Pacific Partnership e o Transatlantic Trade and Investment Partnership. O primeiro reúne países da Oceania, da Ásia e das Américas. No segundo, os protagonistas são os EUA e a