Ceticismo
Disciplina: Filosofia e Ética
1- CETICISMO
Criado na Grécia pelo filósofo grego Pirro de Hélis (a.C. 360 – a.C. 270); é um termo que significa descrença ou incredulidade. Um indivíduo cético caracteriza-se por ter predisposição constante para dúvida. O ceticismo é uma doutrina filosófica que tem por base a afirmação de que o homem não tem capacidade de atingir a certeza absoluta sobre uma verdade ou conhecimento específico. O cético questiona tudo que lhe é apresentado como verdade e não admite a existência de dogmas, fenômenos religiosos ou metafísicos. Isso acontece porque o cético tanto observa e tanto considera que conclui, nos casos mais radicais, pela impossibilidade de conhecimento; e nas tendências moderadas, pela suspensão provisória de qualquer juízo.
Dentro do ceticismo há algumas classificações. Os céticos moderados são relativistas, admitem uma forma relativa de conhecimento, reconhecendo os limites para entendimento das verdades. Por isso, para alguns moderados, mesmo que a verdade seja inalcançável, a busca sempre deve existir,ele questiona tudo, sendo também chamado de metódico. Já o ceticismo radical, defende que como não é possível alcançar verdade alguma, a busca não deve existir, e o melhor é renunciar ao conhecimento, o que proporciona a total indiferença em relação a tudo.
O cético pode usar o pensamento crítico e o método científico (ceticismo científico) como tentativa de comprovar a veracidade de alguma tese. No entanto, o recurso ao método científico não é uma necessidade imperiosa ao cético, podendo muitas vezes preferir a evidência empírica para atestar a validade de suas ideias.
Sexto Empírico (c. 150-c.225) e Michel de Montaigne (1533-92) são dois dos mais destacados defensores do ceticismo.
Se pensarmos no contexto histórico, a Religião Católica é um belo exemplo que questiona e é questionado pelo ceticismo. A religião católica dita uma verdade inquestionável, o que caracteriza um dogma. Dentro deste