Cesio-137
O Césio-137, assim como qualquer outro isótopo, possui forte tendência para fixar-se no solo, porém possui alta mobilidade somente em solos orgânicos, o que não ocorre em solos minerais, facilitando a sua bioacumulação em plantas e dificultando sua lixiviação para rios e lagos. Sua retenção é predominante em solo rico em minerais micáceos.
O Césio-137 pode ser transferido para plantas por deposição direta em superfícies foliáceas ou por absorção pela raiz a partir de deposições no solo. Em geral, a absorção foliar direta é o modo predominante de contaminação de plantas quando a taxa de deposição é relativamente alta. Geralmente a absorção pela raiz é irrelevante, exceto no caso acima mencionado, quando as condições do solo permitem a baixa fixação de césio.
O Césio-137 possui maior bio-acumulação em animais do que em vegetais, o que explica maior perigo de contaminação por ingestão de laticínios e carne bovina. O maior perigo de contaminação por cereias é devido ao fato destes serem majoritariamente cultivados em solos orgânicos e/ou ricos em minerais micáceos. Em 13 de setembro de 1987 ocorreu um dos maiores acidentes com o isótopo Césio-137 em Goiania,Goiais, foi um grave episódio de contaminação por radioatividade ocorrido no Brasil. O acidente aconteceu quando um aparelho utilizado em radioterapias foi encontrado dentro de uma clínica abandonada, no centro de Goiânia, em Goiás . Foi classificado como nível 5 (acidentes com consequências de longo alcance) na Escala Internacional de Acidentes Nucleares, que vai de zero a sete, onde o menor valor corresponde a um desvio, sem significação para segurança, enquanto no outro extremo estão localizados os acidentes graves.
O instrumento foi encontrado por catadores de um ferro velho do local, que entenderam tratar-se de sucata. Foi desmontado e repassado para terceiros, gerando um rastro de contaminação, o qual afetou seriamente a saúde de centenas de pessoas. O acidente com Césio-137 foi o maior acidente