Cervejaria
Leiam com carinho e melhorem a sua comunicação.
A comunicação com o cliente.
Reinaldo Passadori
Tenho ouvido, ultimamente, uma frase que se tornou um “chavão” em tudo que se relaciona com o atendimento ao cliente: “não devemos apenas agradar ao nosso cliente. Precisamos mais do que isso: precisamos encantá-lo”. Dentre tantas ações e formas que as empresas estão adotando para este “encantar” clientes, proponho um reflexão sobre uma das principais ferramentas para essas relações empresa-clientes, nem sempre devidamente valorizada: a boa comunicação. Das habilidades que precisam ser desenvolvidas, a principal é a empatia. Esta é a palavra chave. Empatia significa a capacidade de se colocar no lugar do outro. Destarte, de nada adianta todos os instrumentos vinculados ao bom atendimento, tais como gentilezas e cortesias, respeito entre outros, se a empresa, através dos seus funcionários ou dirigentes, apenas manifestar o seu ponto de vista, expressando as suas crenças e as suas verdades, sem se colocar no lugar do outro. A arte da empatia, mais do que a simpatia, é o grande segredo de uma efetiva comunicação. Aliás, a comunicação não é o que se transmite ou o que se fala. A comunicação é o que chega ao ouvinte ou interlocutor; é o que é interpretado, é o estímulo que fica no outro, a partir do que dissemos ou fizemos. Um exemplo simples de uma péssima comunicação é o de um vendedor de veículos, alegre, simpático, comunicativo. Ao apresentar um veículo ao provável comprador, usa todo o seu poder de argumentação para falar da potência do motor, do silêncio no interior do carro, das novas e modernas cores opcionais. No entanto, o cliente diz-se agradecido pelas informações, mas não faz a compra. Provavelmente ele não diz ao vendedor, mas o que procura é um carro econômico e seguro. Poderia ser até esse mesmo que o vendedor estava oferecendo; ele apenas não soube “ouvir” o cliente para usar os argumentos adequados para aquela situação.