Cereais, Propriedade Agrícola, Nobreza
A Europa fica marcada, no século XVI, por uma grande subida dos preços como antes não se tinha visto. Os territórios do Mediterrâneo que haviam sido o centro da economia medieval entram numa regressão profunda quando o centro da economia se desloca para outros locais. O preço dos produtos alimentícios, especialmente dos cereais que são na altura o mais consumido pelas populações, dispara chegando a triplicar, quadruplicar em certas regiões, apesar de não estar directamente ligado ao crescimento demográfico 1. Os cereais são grande parte do consumo da população que se rege por uma dieta à base de hidratos de carbono, que proporcionam mais energia, daí o elevado consumo dos cereais e das leguminosas. As grandes propriedades agrícolas, que são terrenos usados param a agricultura e a pecuária, são controladas pela nobreza, que instaura um regime senhorial bastante duro, onde os camponeses são totalmente dependentes da nobreza que os explora, degradando a sua condição social com a imposição de um estatuto quase de servidão pessoal, trabalhando maior parte das vezes sem serem devidamente remunerados2. A nobreza conseguia controlar estas propriedades devia aos seus grandes cargos administrativos, e assim a exportação de cereais aumenta em vários territórios, mas o principal mercado desta intensificação do cultivo dos cereais era a procura local e regional. A produção de alguns tipos específicos de cereais, a cevada e a aveia, passa a servir para outros fins que não os alimentícios. A nobreza passa a controlar, para além do comércio