ceratocone
Esta afecção é a distrofia mais comum da córnea, acometendo uma pessoa a cada 1.000, e normalmente inicia-se como miopia ou astigmatismo ou ambos, podendo evoluir rapidamente, ou então, levar muitos anos para desenvolver-se. Costuma surgir na adolescência, por volta dos 16 anos de idade e dificilmente se desenvolve após os 30 anos. Normalmente ocorre assimetricamente, sendo que em 90% dos casos, acomete ambos os olhos; todavia, o diagnóstico da doença no segundo olho ocorre aproximadamente 5 anos após o diagnóstico no primeiro olho.
Não se conhece ao certo os achados clínicos e as associações não-oculares ligadas ao ceratocone, mas é conhecido que esta é uma doença hereditária. Pacientes alérgicos que possuem o hábito de coçar o olho apresentam mais chances de desenvolver o ceratocone no período da adolescência.
A manifestação clínica inicial relatada por pacientes com ceratocone é uma ligeira desfocagem de sua visão, momento em que procuram um profissional da área. Inicialmente, os sintomas podem ser os mesmos de qualquer outro defeito refrativo do olho. Ao passo que a doença progride, a visão vai se deteriorando, muito rapidamente em muitos casos. A acuidade visual fica prejudicada e a visão noturna normalmente é fraca. Há casos de pessoas que apresentam visão em um olho significativamente pior que no outro olho. Pode haver também o surgimento de fotofobia (sensibilidade à luz), astenopia que pode aparecer pelo ato de coçar os olhos ou por forçá-los durante a leitura. No entanto, essa afecção normalmente não causa dor.
O sintoma clássico do ceratocone é a poliopia monocular, que é a percepção de diversas imagens “fantasmas”. Este efeito é mais facilmente percebido em um campo de visão que apresenta alto contraste como, por exemplo,